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Leia o que Hique Gomez, diretor artístico do Rock de Galpão, escreveu sobre o show:
HIPER-PAMPA
Hique Gomez
Músico, compositor e ator
Há mais ou menos cinco anos, o encontro de Neto Fagundes com o grupo "Estado das Coisas" na incursão pelo mundo do rock, vem engendrando com firmeza uma fusão que cedo ou tarde traria a tona um formato original de expressão do povo de um lugar. Na tarefa de revolver o repertório de clássicos do folclore campeiro e urbano, descobre-se novas formas de cantar o amor a terra.
Nesta época das tão faladas mudanças climáticas, a natureza humana também se expressa mostrando suas transformações. A forma com que a natureza se revela diante de nossa experiência de vida influencia diretamente na maneira do ser humano se expressar. É impossível ficar inerte a informações vindas do universo cientifico. Os artistas certamente irão expressar isso em suas obras. A natureza não é mais a mesma. Há que expressá-la de outras formas. Enquanto o homem descobre suas entranhas mapeando o seu código genético, sua própria consciência se expande em direção às expedições interplanetárias, aos buracos negros, aos universos paralelos e a musica que se faz já é outra.
Assim, o Hiper-Pampa se desvenda na forma de cantar dos nossos artistas, os que colocam o seu talento a serviço de uma dimensão maior para cantar o seu amor a terra. A velha acordeona galponeira nas mãos de Paulinho Cardoso ressoa no Hiper-Pampa e ecoa nos universos paralelos, fundindo seus harmônicos com os bandoneons do tango pop. "Minha guitarra é meu povo companheiro..." grita Neto Fagundes, nos versos tradicionais do jovem Fogaça, e a guitarra turbinadíssima que soa é a de Rafa Schuller, aluno de Frank Gambale, Bill Fowler (guitarrista de Ray Charles) entre outros, na Los Angeles Music Academy. O baixo de David Fontoura e bateria de Guilherme Gul, afinados num complô vital, soam como a ressuscitar a locomotiva de um "Trem Minuano" que chega aos tempos de hoje movido à energia solar. Enquanto isso os teclados de Mestre Kó preenchem os espaços da canção como quem prevê a descoberta de uma nova nebulosa com gases cósmicos ultra coloridos.
Jaime Caetano Braun reencarnado na geração de seus filhos e netos se manifesta quando Tiago Ferraz conta o caso do "Bochincho", humor gaudério de finíssima inteligência e puro lirismo, sob um céu Heavy Metal, com guitarras e gaita falando na mesma linguagem. Em "Querência Amada" de Teixeirinha ocorre o mesmo. Os versos de Nico e Bagre Fagundes para "Origens", um verdadeiro clássico moderno do folclore gaúcho, e um texto sobre o chimarrão pelo seu próprio punho, mostram a legitimidade da herança familiar (hoje os maiores expoentes do folclore gaúcho) de Neto Fagundes que, no encontro com a voz roqueira do missioneiro Tiago Ferraz fazem o movimento de preservar o folclore, confirmando sua influencia sob as outras formas. Em contato com outras formas ele, o folclore, sempre será maior. Mas também há de se preservar as formas puras para que se saiba sempre sua origem.
Assim como Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) que traz no seu canto mágico e contemporâneo as coisas incríveis do nordeste, Neto Fagundes no encontro com a "Estado das Coisas" nos traz da fronteira do Alegrete o Hiper-Pampa. Excelentes músicos, capazes de entender sua natureza e se situar no seu tempo de forma adequada. Uma música cheia de esperança. Um conceito aberto para o diálogo universal, com influência de todo um passado cultural, mas de frente para o hiper-espaço.”
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